terça-feira, 28 de maio de 2013

Esse post foi escrito em meados de Junho de 2011 e por algum motivo que eu não me recordo agora (talvez falta de tempo para terminá-lo, talvez puro esquecimento) ficou sem ser publicado.
Como a minha amiga Carol Mendes (desculpa Carol, mas ainda não decorei seu sobrenome de casada) me fez recordar hoje que esse blog existe e o quanto é divertido relermos nossa própria história, resolvi publicá-lo e quem sabe em breve escrever algo novo.


Arrumar malas é bom, principalmente quando a gente tem uma viagem muito aguardada pela frente. Quando o volume do que se tem pra levar cabe dentro da mala em questão. Quando se sabe exatamente o que levar e o que deixar.
Agora, arrumar as malas de uma família toda pra fazer uma viagem só de ida, para um lugar já conhecido ou pior ainda, para um lugar que ainda não existe. Fazer caber dois anos de bens adquiridos em alguns metros cúbicos e não saber se tudo chegará realmente ao seu destino...isso é no mínimo surreal e enlouquecedor.
Meu marido concluiu o MBA e estamos muito felizes por sua conquista, mas em breve teremos que deixar Chicago e retomar a nossas vidas em São Paulo.
Por um lado estou feliz porque estarei novamente perto de amigos queridos e da minha família. Por que sei o quanto será importante pra minha filha poder crescer vendo os avós, primos e tios com mais frequência. E até mesmo porque já estou com saudades de trabalhar (como fisio). Porém, quando penso no quanto eu estou amando viver aqui. Nos amigos tão queridos que aqui conheci. No quanto amo meu apartamento, a vista que tenho dele, o bairro em que vivo, os parques. Quando eu penso que perderei toda a qualidade de vida que esse lugar me proporciona, sinto vontade de chorar.
Mas a vida é dinâmica e toda etapa tem o seu fim. Eu já sabia que esse momento chegaria e estou muito feliz de ter tido essa oportunidade. Acima de tudo, estou mais do que feliz, radiante, pois levo daqui o bem mais valioso que a vida poderia me dar. Só que essa lembrancinha linda de Chicago que atende pelo nome de Isabella, não vai na mala não, vai no colo, como bagagem de mão. A bagagem de mão mais fofa e linda que eu já vi!!!

domingo, 17 de abril de 2011

Sala de Espera

Exatamente a uma semana atrás, estava eu com meu marido e filha num hotel em Washington DC, arrumando as malas para voltar pra Chicago quando minha pequena, numa de suas façanhas, engoliu um de meus brincos que havia caído no chão por descuido meu.

Dessa parte da história até o seu defecado desfecho a maioria de vocês já sabem ou imaginam, mas o que eu vou contar agora faz parte das entrelinhas, alguns detalhes da nossa visita à Emergencia o Hospital da Universidade de Washington.

Após passarmos pelo balcão de atendimento e em seguida pela primeira triagem, fomos encaminhados imediatamente para a enfermaria do ER onde fomos atendidos primeiramente por um residente e logo em seguida pelo chefe do plantão que nos mandou para a sala de espera da radiografia. Chegando lá encontramos um senhor de idade vestindo a camisola do hospital e um colar cervical que imediatamente nos perguntou se estavamos lá por causa do nosso bebê. Dissemos que sim, e a sua segunda pergunta foi se a pequena havia levado o seu primeiro tombo e antes de darmos nossa resposta ele continuou sua fala em desabafo explicando que ele estava ali por causa de um de seus tombos. Embora esse senhor não tenha  colocado seus pensamentos em palavras claras, a mensagem que ficou é que começamos a vida levando tombos e em tombos terminamos a mesma.

O idoso foi chamado para sua radiografia ao mesmo tempo em que um casal foi trazido para a sala de espera. Um homem em seu 60 anos caminhava ao lado de uma maca onde estava sua esposa. A mulher segurava um de seus tênis e tinha sobre o tornozelo uma bolsa de gelo. Pela camera fotografica pendurada no pescoço do homem, concluí que o casal estava num passeio turístico quando a esposa sofreu um entorse. E as perguntas sobre o bebê recomeçaram. Após rápida explicação e exclamações chegou a vez da Isabella ser chamada para a radiografia. O Mário foi com ela e eu fique esperando na companhia do casal.

O homem prosseguiu a conversa comentando o quão rápido os filhos crescem, que logo eles saem de casa e desaparecem da nossa vida (uma realidade na familia Americana). De alguma forma a conversa foi se desviando passando por vários assuntos: do fato de sua esposa ter torcido o pé e estragado o passeio, a situaçao econômica Brasileira e sua invejada indústria de etanol, ao destino de seus filhos. A filha que jogou fora sua carreira profissional para se dedicar ao marido e filhos. O filho que é um tipo de delegado portuário.

A conversa terminou com o mesmo se lamentando da ausência dos filhos e do quanto a sua vida de aposentado não fazia sentido, dizendo que de nada valia ter dinheiro e ter tempo livre para viajar e não ter a presença e a companhia dos filhos.


O silêncio tomou conta da sala de espera, notei que o idoso do colar cervical havia voltado. Logo me marido e minha filha também retornaram. Nos despedimos de todos  e partimos levando conosco a nossa bebê porta-jóias e deixando para trás os três doentes: um com dor na coluna devido ao tombo, outro com dor no tornozelo devido ao entorse e o terceiro, e mais grave, com dor no coraçao devido à saudade.

Existem laços que são belos e valiosos demais para serem desfeitos. Preserve os seus!

sábado, 2 de abril de 2011

Humur na madrugada!

Entrei num acordo com meu marido. Ele escolheu dois dias da semana pra acordar de manhã (as 5h) e ficar com a Isabella enquanto eu durmo um pouquinho mais. A rotina de 7 dias na semana acordando com as galinhas estava acabando comigo.

O acordo foi feito numa terça, ele, esperto que é, escolheu acordar na Terça (tentando já levar vantagem) e no sábado. Mas é claro que nào dei essa colher de chá, né, afinal a idéia era ele acordar duas vezes na semana, como só eu vinha acordando ele foi obrigado a compensar a Terça já perdida acordando na Quarta.

Hoje (Sábado) quando a Bella começou a fazer barulho, semi-abri os olhos, dei uma espiadinha no monitor da babá eletronica e como ela estava acordada rolando pra lá e pra cá, dei um cutucão no Mário e mandei ele ir ficar com ela, afinal era o dia dele. A resposta foi "Humhum, já vou", e cinco minutos depois lá estava eu cutucando ele novamente. Detalhe, a gente tinha ido a uma festa na noite anterior e tinhamos ido dormir mais tarde do que o normal.

Com muito desanimo o Mário se levantou e saiu do quarto. Eu continuei na cama, me concentrei pra conseguir dormir novamente e nisso pensei: "Acho que vai ser facil voltar a dormir, afinal tá bem escurinho ainda... tá muito escuro aliás...que horas será que são?" Foi então que me estiquei até o movél e apertei o botão da luz do relógio. 2:30am. "Ops!"

Pulei da cama e fui atrás do Mário pra tentar reverter a situação e impedir que a Isabella ficasse muito alerta, mas quando abri a porta do meu quarto lá estavam eles...os dois sentadinhos no chão da sala, lado a lado, TV ligada e o Mário percorrendo a progamação dos canais com o controle remoto, como uma cara de "cadê o Mickey Mouse?".

 Foi impossivel não rir!

Final da história, papai voltou pra cama, mamãe demorou meia horinha pra conseguir fazer o bebê dormir novamente e as 7h da manhã, quando a pequena acordou novamente a cena se repetiu. Cutucões, "humhum", mais cutucões e finalmente papai disse: "Ah, acorda você hoje e deixa que eu acordo amanhã!"

sexta-feira, 4 de março de 2011

Do riso as lágrimas

Gente, tô cansadassa!
Essa foi uma semana com muitas atividades: Chá de Bebês,  aniverssários, playdates, resfriado, consultoria pra gestantes e é claro a Isabella mais ativa do que nunca.
E acho que de tudo, cuidar da Bella foi a parte mais trabalhosa da semana, porém a mais gratificante tb.
Só essa semana ela conseguiu, acordar de madrudada (a 1 am) absolutamente sem vontade de voltar a dormir e ainda por cima ficar batendo palminhas, aniquilando totalmente com meu sono também; aprender a atirar todos os livros da estante no chão, entrar no meu quarto E NO MEU BANHEIRO em busca de algo perigoso com que ela possa se divertir, quebrar a cúpula de uma das luminárias da sala (ela se agarrou na haste da luminária pra se balançar e bateu com a luminária no vidro da janela) e por fim quase quebra a porta da minha lava-louças tentando entrar dentro dela enquanto eu gardava as louças no armário. Ah, ela tb descobriu que a existência das tomadas, mas essas já estavam protegidas contra dedinhos de bebês xeretas.
É, meus dias de tranquilidade cuidando de uma Bellinha calminha acabaram. Agora nem a Galinha Pintadinha me salva mais.
E a parte mais triste de tudo isso é que ela começou a chorar todas as manhas quando o pai dela sai e a fazer festa sempre que ele volta. E pra mãe aqui, que se mata cuidando e brincando com ela o dia todo, nada!
Ai que inveja!

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Coxinha Weekend!

Passei o final de semana fazendo coxinha. Isso mesmo, coxinha de festa, com frango dentro sabe! Eu e essas minhas idéias.

Sexta-feira acordei e me deu a louca que eu ia fazer coxinha. Daí até eu conseguir arrumar uma receita que parecesse boa, separar os ingredientes, comprar os que estavam faltando, fui começar a produçao as 3 - 4 da tarde.

Só que deu muito mais trabalho do que eu imaginava. Primeiro que aqui não vende farinha de rosca. E lá vai a doida comprar pão, torrar pão, triturar o pão peneirar o pão. Depois tem o frango que dá o maior trabalhão pra desfiar. E ainda é preciso fazer o refogado com ele.

A massa ficou pro sábado. Segui a receita e todas as dicas que encontrei na net, mas ainda assim minha panela terminou com uma gororoba cheia de pelota de farinha. Foi então que baixou o santo ou a lembraça remota da minha vó sovando massa e lá foi a gororoba pra mesa, ser amassada, espremida, apalpada, esbofeteada. E o meu ombro que já vinha ruim a semana toda foi destruido de vez nessa briga com a massa.

Pelo menos eu venci a batalha. A massa se rendeu e ficou lisinha, hahaha!

Então veio a parte mais artistica e longa da produção, moldar e rechear a massa pra virar coxinha. É preciso ter calma, perícia e muita habilidade manual pra se fazer uma coxinha, vocês sabiam?! Eu descobri que é possivel utilizar três formas diferentes para se obter o mesmo resultado.

Como além de cozinheira maluca eu também sou mãe e esposa, nem é preciso dizer que o processo precisou ser interrompido várias vezes por vários motivos, não é. Resultado. Já era fim de tarde quando cheguei na etapa final: empanar a coxinhas.

 O processo resultou em 74 coxinhas, sendo que 6 delas foram fritas e comidas no mesmo dia e o restante foi congelado.

E se você pensa que acabou por aí e está nessa hora pensando "Afê essa Vivi e maluca mesmo", segure seu pensamento por mais algumas linha porque depois do sábado veio o domingo e como da minha primeira produçao sobrou meia travessa de recheio, lá fui eu de novo pra cozinha fazer massa.

Faz a massa, sova a massa, molda a massa, recheia a massa, empana a massa...

O domingo acabou, o recheio também, mas eu ainda tenho meia receita de massa pronta e embalada na geladeira, então amanhã acho que vou ter que fazer bolinhas de queijo! Ou será que faço rizoles?!

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Bem Vindo ao Mundo!

Geralmente são as mães quem recebem grande parte das felicitações e elogios pelo nascimento dos filhos, mas dessa vez eu escrevo especialmente para meu amigo e melhor (muitas vezes único) leitor, o mais novo pai da turma!

Hoje faz três dias que o Rafinha chegou ao mundo e eu imagino quanta alegria e um pouquinho de insegurança vocês já passaram. De agora em diante cada um dos seus dias vai ser cheio de novidades e você vai desscobrir o quanto é fácil se torar emotivo. Aliás, se você não se controlar até o Siga Seu Time pode acabar ganhando um toque de azul bebê! Tudo pelo mais novo amor da sua vida.


Um olhinho que abre, uma mãozinha que se fecha em torno no seu dedo, uma troca catastrofica de fraldas, o primeiro banho (dado por vc e não pela enfermeira). E daqui a um pouco, quando você mesnos perceber, estará admirando o primeiro sorriso, o primeiro passo, etc. São essas pequenas coisas que tornam a paternidade tão boa de ser vivida, então aproveite cada segundo.

E mais uma vez parabéns papai Miguel, o seu filho é lindo!

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Some thoughts…

You know what! A long time ago, when I had 18 years old, lots of dreams and few things to worry about, I went to a ski trip in Lapland. It was the second time that I was trying to ski (the first one wasn’t a success at all) and after one hour trying and without falling I was having so much fun that I thought that I was ready to go to the top of the hill. It was not a difficult one, just a blue one, but it was enough difficult for a young Brazilian girl who had just learned how to make a pizza slice with hers feet. That day, after 5 hours playing with my skis, I felt down and broke my leg.


Last weekend I went to a ski trip. It was not to Lapland, but to Devil’s head, Wisconsin. So twelve years later there I was, a 31 years old woman, mother of a 6 months old child, full of worries and still with lots of dreams. Therefore, I had to find enough courage to try to ski again.

However, I didn’t use much courage to ski. To be honest I was frightened and I spent the whole time on the easiest part of the hill.

That day, all courage that I had it was used to leave my baby girl in a day care while I was skiing. So this time I didn’t break my leg, but I almost break my heart.